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terça-feira, 1 de setembro de 2009

A Condição Humana


A Ásia lidera a urbanização acelerada.
Pela primeira vez na história, metade dos seres humanos vive em cidades e o ritmo da urbanização continua a crescer.
Este é o milénio das cidades. Em 2008, pela primeira vez de acordo com os cálculos demográficos, a maioria da população mundial, de 6,6 mil milhões de habitantes, vive em aglomerados urbanos e não em zonas rurais. Esta tendência deverá manter-se durante décadas, com a concentração nos centros urbanos da quase totalidade do crescimento demográfico esperado de 1,5 mil milhões de habitantes até 2030.


Lentamente, a humanidade deslocou-se do campo para a cidade desde então. Todavia, o que foi outrora um fio de água converteu-se numa torrente. Só na China, o fluxo migratório poderá cifrar-se em 200 milhões de pessoas. A população urbana mundial duplicou desde 1950, e grande parte dessa explosão ocorreu em cidades próximas do mar. A sedução das áreas urbanas é clara: elas prometem oportunidades de emprego e instrução, e, em regiões dilaceradas pela guerra, estabilidade. Porém, quando a população excede a capacidade das infra-estruturas e as oportunidades disponíveis, a vida citadina torna-se amarga. Um terço dos habitantes urbanos vive em bairros de lata ou em habitações degradadas, sem acesso a água potável, saneamento e outras infra-estruturas. As megalópoles, com populações superiores a dez milhões de habitantes, tornaram-se um símbolo da nossa era urbana. As maiores continuam a expandir-se, mas apenas um quarto da população urbana mundial vive em cidades com mais de cinco milhões de habitantes. O crescimento mais forte regista--se no núcleo das cidades com menos de 500 mil habitantes, onde se concentra mais de metade da população urbana. O que se segue é uma incógnita. Talvez as cidades fujam ao controlo, sobrecarregando cada vez mais as populações e o ambiente; talvez o crescimento abrande e a população urbana diminua. O futuro do mundo permanece nebuloso, mas é certo que ele depende do destino das suas cidades.

http://www.nationalgeographic.pt/articulo.jsp?id=1591090

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