Bem Vindo ao Blog de Biologia do Pedro Carvalho
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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Pílula antiarroto para vacas 'reduz' efeito estufa


Na luta contra o aquecimento global, o cientista Winfried Dochner, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, apresentou uma arma inusitada: pílulas antiarrotos para vacas.


O especialista alemão afirma que os arrotos dos ruminantes respondem por cerca de 4% das emissões de gás metano no planeta. E a tendência seria de crescimento, já que o consumo de carne está aumentando.
"Não podemos evitar esse desenvolvimento. Mas com novos métodos, podemos reduzir a influência das vacas no efeito estufa para até 3%, e ainda economizaremos dinheiro", diz o especialista em nutrição animal Dochner.
A solução que ele criou para o problema tem o tamanho de um punho fechado: uma superpílula batizada de "Bolus", composta de substâncias microbióticas que se dissolvem no estômago das vacas durante vários meses, ajudando na digestão.


Dieta


Esse "remédio", aliado a uma rigorosa dieta com mais gorduras e com horas específicas de alimentação, diminuiria a produção de metano dos animais, segundo o estudioso.
"Um animal que mastiga e digere continuamente melhora o aproveitamento de substâncias no seu próprio corpo. É como com as pessoas: mais refeições ao longo do dia são significativamente mais saudáveis para o corpo."
O metano é produzido pelo processo químico de fermentação que resulta da ruminação das vacas e é formado pela combinação das moléculas d'água e de dióxido de carbono.
Com a nova técnica, em vez de ser arrotado para fora pelos animais, ele seria usado pelo organismo das vacas para a produção de glicose.
Com isso, o cientista alemão afirma que elas produziriam mais leite, o que as tornaria economicamente mais eficientes.
Com a dieta e, principalmente a superpílula, a produção diária de metano seria diminuída consideravelmente, segundo Dochner. Ele diz ainda que
O cientista ainda procura patrocinadores para a sua idéia.


quarta-feira, 9 de abril de 2008

Fábrica alemã vai fazer etanol com sobras de queijo


Uma fábrica de laticínios alemã vai aproveitar restos de queijo para produzir etanol. A empresa Müllermilch apresenta nesta quarta-feira as instalações de onde, a partir do fim do ano, deverão sair litros e mais litros de um derivado do leite até agora inusitado.


O combustível será feito de sobras de produção que antes eram jogadas fora.
Os responsáveis pela companhia garantem que o método utilizado para produzir álcool a partir de laticínios é novidade internacional. “Desenvolvemos um processo único no mundo para gerar etanol do permeado do soro de leite”, afirma Stefan Müller, gerente-geral do grupo Theo Müller, proprietário da marca.
A indústria vai, assim, reprocessar o soro produzido no processo de manufatura do queijo, convertendo em biocombustível o que antes ia parar no lixo.
A usina está sendo construída nas instalações da empresa em Leppersdorf, no sudoeste da Alemanha, com investimento de cerca de 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 51,5 milhões).


Negociações em andamento


A unidade deverá gerar, anualmente, 10 milhões de litros de etanol, que serão vendidos a usinas de biocombustível dispostas a complementar seus estoques. As negociações com possíveis compradores ainda estão em andamento.
A produção não é das maiores, mas tem rentabilidade garantida, diz Müller. “As sobras de queijo são, para nós, matéria-prima de custo praticamente nulo, o que nos torna bastante competitivos e também independentes dos preços do mercado de cereais”, afirma Müller, referindo-se ao fato de que a maior parte do etanol europeu é extraída de grãos.
O etanol de leite é gerado a partir da fermentação do permeado do soro, substância que sobra do soro do queijo, depois que ele é separado de proteínas e lactose.
Após a destilação, onde são extraídos água e minerais, o material se transforma em álcool já pronto para ser usado como combustível, com 99,8% de pureza.


Vantagem


De acordo com a marca alemã de laticínios, o etanol de leite tem outra vantagem em relação ao álcool produzido tradicionalmente, a partir de vegetais, quando se leva em conta o impacto no meio ambiente.
Embora a quantidade de gás carbônico liberada na fermentação da cana-de-açúcar, por exemplo, seja a mesma que a absorvida pela planta, a balança ambiental é desequilibrada pelo gasto de energia necessário no restante do processo de produção do combustível, diz Müller.
“Já no nosso caso, não é preciso transformar a biomassa em produto rico em carboidratos. Além disso, empregamos em nossa fábrica grande parte do gás carbônico originado da fermentação”, afirma Müller.
“O processo inteiro transcorre sob os máximos padrões de segurança, com total separação da produção de alimentos”, diz.